À medida que os termômetros baixam, aumentam os lugares
vazios nos cultos e EBDs pelo Brasil a fora.
Infelizmente esse é um fenômeno recorrente; quando chegamos nessa
época do ano, nevam desculpas para deixar de congregar:
"Meu filho estava espirrando."
"Quis ficar na cama só mais um pouquinho e perdi a hora."
"Fui almoçar na casa de parentes e a chuva me
atrasou."
"Estava com muita preguiça e Deus não iria me aceitar no
culto dessa forma."
(Se você se lembrar de mais algum argumento, poste a seguir
para que seja adicionado à coleção).
A gravidade dos fatos vem a tona quando você tenta usar os
mesmos "argumentos" para com outras atividades importantes do
dia-a-dia, como trabalho, consulta médica, escola, lazer com os amigos, etc. Só
para se ter uma ideia, de vez em quando marco com os jovens da igreja de
brincar de paintball (aliás, vamos de
novo dia 28 de junho) e 7 horas da manhã, em ponto, estão todos na frente da
igreja, que é o local onde combinamos a saída.
Da mesma forma você não ligaria para o médico desmarcando a
consulta porque seu filho está espirrando. AO CONTRÁRIO!
Por fim, faça a prova dos nove: falte ao trabalho na segunda-feira
(na verdade, NÃO FALTE! É apenas retórico) e na terça pela manhã, depois apresente
ao seu chefe o mesmo motivo que usou para não ir ao culto de domingo. O que ele
dirá?
O autor de Hebreus diz "Não deixemos de reunir-nos como
igreja, segundo o costume de alguns." (Hb 10.25). O versículo tem muitas
implicações (inclusive escatológicas!), mas o que nos interessa aqui é mostrar
a importância de estarmos juntos como igreja e a triste realidade de que, desde
aquela época, alguns irmãos fazem da ausência um hábito.
A Igreja Primitiva
era conhecida pela comunhão, por estarem constantemente juntos (At 2.46).
Embora seja verdade que cada cristão é habitado pelo Espírito Santo, Paulo
chama de "Templo do Espírito" a reunião dos filhos de Deus, em
contraste com a definição de Templo do Antigo Testamento (1Co 3.16). Para
Paulo, "destruir o santuário" era o equivalente a desprezar a unidade
e a comunhão do Corpo de Cristo, que é a Igreja.
O fato é que, quase sempre, algo é deixado de lado por não
ser reconhecido como essencial. Como pai, me preocupa a mensagem que ensino às
minhas filhas quando falto ao culto. Dificilmente escaparei de dizer com isso,
que ir à igreja não é tão importante assim.
Viver em igreja é realmente algo sacrificial. O uso dos meus
dons para edificar o próximo é algo que me custa. Cultuar racionalmente é
apresentar meu corpo em sacrifício. Por outro lado, o Sacrifício de Cristo redimiu
até mesmo meu sacrifício pessoal. O sacrifício dele gerou para ele próprio
sofrimento indescritível e incomparável, mas quando eu me sacrifico eu não
encontro outra coisa a não ser PRAZER! É justamente isso que os crentes sentem
ao final do culto.
Será que o frio externo não está revelando, afinal, o frio
interno? (Mt 24.12) Confesse ao Senhor a inversão de valores que tem tomado
conta de você. Aproveite o frio e aqueça-se na comunhão do Corpo. Seja assíduo!
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